19 Clássicos Literários Mundiais com Resumo Detalhado


Escrito por Carolina Marcello

Fizemos um desafio para nós mesmos: montar uma lista com os melhores livros da literatura universal. Não importa qual seja o gênero, se são romances, poesia ou aventura, escolhemos os melhores títulos que são considerados fundamentais na literatura.

Esta seleção de obras é indispensável, apresentada em ordem cronológica.

1. A Odisseia do Século 8

Acredita-se que Odisseia, um poema épico escrito na Grécia Antiga, possa ser o maior clássico da literatura ocidental. Apesar de existirem muitas dúvidas a respeito da autoria deste trabalho, a maioria das pessoas acredita que o manuscrito foi produzido por Homero, que transcreveu os versos da tradição oral. A data da escrita ainda é incerta, mas acredita-se que tenha sido escrito entre séculos 8 a.C. e 9 a.C.

O livro é sobre Ulisses, rei de Ítaca, e suas aventuras no campo de batalha. Ele também retrata o regresso do herói para sua casa, onde Penélope, sua esposa, e Telêmaco, seu filho, o aguardam.

Homero

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2. A Divina Comédia de Dante Alighieri, 1321

A Divina Comédia, um livro representativo do Renascimento, tornou-se um clássico da literatura universal. Escrita inicialmente em florentino, foi gradativamente traduzida para diversas línguas, alcançando reconhecimento em todo o mundo.

O clássico de Dante é um poema constituído por cerca de 100 cantos totalizando 140 versos. Na obra, conhecemos o narrador e protagonista, Dante, que narra sua jornada pelo paraíso, purgatório e inferno. Assim como a Odisseia, a obra conta a história do personagem principal e seus desafios ao longo do caminho.

dante-alighieri

3. Giovanni Boccaccio e o Decamerão, 1353

O clássico escritor italiano Giovanni Boccaccio, cujas obras foram produzidas durante o Renascimento, nos traz os contos que celebram o amor carnal. A história se passa na Toscana, meados do século XIV, quando a peste negra aterrorizava as populações. Assim, dez jovens reunidos, tomando como refúgio uma montanha, buscaram entretenimento contando histórias entre si.

A versão feita pela Globo de "O Bem Amado" foi lançada no dia 2 de janeiro de 2009. Esta adaptação teve roteiro de Jorge Furtado e Guel Arraes, sendo dirigida por Guel Arraes.

4. Shakespeare's Romeo and Juliet, 1595

William Shakespeare, um escritor inglês, criou os amantes mais famosos da literatura. A tragédia Romeu e Julieta tem seu cenário em Verona, na Itália, e se divide em cinco atos. A rivalidade entre os clãs Capuleto e Montecchio impede que os amantes Julieta e Romeu possam ficar juntos, o que lhes causa grande sofrimento.

Primeira edição de Romeu e Julieta.

5. A Obra de Luís de Camões, 'Os Lusíadas', 1572

A obra épica Os Lusíadas, escrita pelo português Luís Vaz de Camões, exalta a bravura e a força do povo lusitano. Essa obra possui dez cantos que narram a jornada do navegador Vasco da Gama rumo às Índias.

Os Lusíadas

6. O Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes (1605)

Miguel de Cervantes é conhecido por ser o autor do clássico espanhol "Dom Quixote". Esta obra de ficção em prosa é dividida em dois volumes e seu conteúdo tem sido interpretado de formas diferentes. Por um lado, é vista como uma sátira aos romances de cavalaria; por outro, é encarada como a maior homenagem possível ao gênero. Independentemente de qual seja a verdade, o que é certo é que as aventuras de Dom Quixote e Sancho Pança se tornaram parte do imaginário cultural da Europa Ocidental.

Miguel de Cervantes

7. Orgulho e Preconceito: Uma Obra de Jane Austen, 1813

Jane Austen, autora britânica, ambientou Orgulho e preconceito no início do século XIX. Longbourn, interior da Inglaterra, é o cenário desse romance, e a história de Elizabeth Bennet e de sua família é contada ao longo das páginas.

A protagonista nos leva a conhecer os problemas da vida no mundo aristocrático inglês, abrangendo a cultura, o dinheiro e a educação.

Pride and prejudice

8. Moby Dick

Moby Dick, o clássico de Herman Melville, certamente vem à mente quando se lê o título. A imagem de uma imensa baleia vem à cabeça de todos.

Ismael, um jovem marinheiro, relata sua história composta pelo estadunidense. Ele tem um desejo ardente de se aventurar em busca de baleias, com especial interesse pela Moby Dick, a baleia branca que o deixou mutilado ao lhe arrancar a perna em tempos passados.

Herman Melville

9. Dostoiévski: Crime e Castigo, 1866

Ródion Ramanovich Raskolnikov, protagonista da obra de Fiódor Dostoiévski, Crime e Castigo, é um antigo estudante pobre residente em Pitsburgo. Sua condição de desesperança o leva a cometer um crime terrível: o assassinato de uma pessoa. Esta narrativa se apresenta como um ensaio filosófico e ético sobre as consequências das ações humanas.

Dostoeivsky

10. Dom Casmurro, de Machado de Assis (1899)

A eterna pergunta: Capitu traiu ou não Bentinho? Revolucionou a literatura brasileira em 1899 quando o clássico Dom Casmurro, escrito por Machado de Assis, foi publicado. Esta narrativa conta a história de um triângulo amoroso entre Capitu, Bentinho e seu melhor amigo Escobar. O livro é narrado em primeira pessoa pelo próprio Bentinho, deixando assim a dúvida que paira sobre a história, sem qualquer resposta oficial. Esta obra prima deixa as pessoas fascinadas com cada detalhe, sem nunca chegar a um verdadeiro desfecho.

Paulo Cesar Saraceni dirigiu a adaptação cinematográfica do livro em 1968.

11. O Processo de Metamorfose de Kafka, 1912

No famoso livro escrito por Franz Kafka, A metamorfose, um caixeiro viajante, Gregor, descobre um dia que se transformou em uma enorme criatura. A história, escrita em alemão, segue o personagem enquanto ele se adapta a essa condição inusitada.

A metamorfose

12. À Procura do Tempo Perdido: 1913 - Proust

Marcel Proust, um escritor francês, criou uma obra única em sua vida: a enorme À la recherche du temps perdu. O desenvolvimento dessa história começou em 1909 e se estendeu por sete volumes (sendo que três foram publicados após a morte de Proust). O protagonista da narrativa, Marcel, é citado apenas duas vezes durante todas as milhares de páginas, e é através de seu olhar que acompanhamos o seu caminho para se tornar escritor. Ao recorrer ao passado para tentar capturar seus momentos, Proust faz uma diferenciação entre memória voluntária e involuntária.

Proust

13. A Estrangeira, 1942 – Camus

O Sr. Meursault, personagem central escrita por Albert Camus, é um funcionário de um escritório com uma vida comum. Contudo, sua existência é abalada repentinamente quando ele assassina por impulso alguém sem qualquer motivo. Logo após ouvir a notícia sobre o falecimento de sua mãe, sem mostrar qualquer emoção, ele começa a se interessar por Marie, uma de suas colegas de trabalho. Em determinado dia, caminhando na praia, seu comportamento se mostra fora do comum e ele acaba cometendo o crime que vai modificar a sua vida para sempre.

Em 1967, o livro recebeu uma adaptação para o cinema. O filme italiano Lo Straniero foi dirigido por Luchino Visconti.

14. Antoine de Saint-Exupéry e o Pequeno Príncipe, 1943

O livro Le petit prince, destinado ao público infantil, acompanha a história contada pelo seu protagonista. Desiludido pela falta de compreensão das suas ilustrações, o rapaz acaba por cair num deserto do Saara a bordo de um avião. Aqui, finalmente encontra consolo no pequeno príncipe que conhece por acaso. Esta obra, que foi ilustrada pelo próprio escritor, transformou-se num dos mais vendidos do mundo.

O pequeno principe

15. Lolita, de Vladimir Nabokov (1955)

Humbert Humbert, professor de meia-idade, é o protagonista e narrador da obra prima de Vladimir Nabokov. Ele conhece Dolores, uma menina de 12 anos e 1,47 m, que vive na casa de Charlotte Hazze, mãe dela. Após ser seduzido por ela, Humbert lhe dá o apelido de Lolita e os dois começam um caso amoroso.

16. Análise da Obra "Ensaio sobre a Cegueira" de Saramago, 1955

Os romances de José Saramago, Prêmio Nobel, ultrapassaram os limites da literatura portuguesa e tornaram-se obras clássicas da literatura mundial. Uma delas gira em torno de uma epidemia de cegueira branca que assola os habitantes de uma cidade. A situação é extremamente crítica, e a sociedade está quase à beira do colapso. Nesta dramática circunstância, o melhor e o pior do ser humano são revelados.

O romance de José Saramago foi adaptado para o cinema por Fernando Meirelles, sendo lançado em 2008.

17. A Amarelinha, de Julio Cortázar, 1963

Julio Cortázar é o único representante da Argentina entre os grandes clássicos. Seu lugar na história é essencialmente creditado à criatividade de sua matéria-prima: a linguagem. Seu livro O Jogo da Amarelinha foi um verdadeiro marco revolucionário, pois permitia ao leitor escolher a sua própria forma de ler o texto.

No livro intitulado "O, de O', o protagonista Horácio Oliveira é um intelectual cuja narrativa apresenta desdobramentos possíveis que, ao serem lidos, permitem ao leitor a realização de um jogo surrealista.

Cortazar

18. A Centésima Partida: Cem Anos de Solidão de García Márquez (1967)”

Entre os latino-americanos de talento excepcional, Gabriel García Márquez é destaque, tendo sido premiado com o Nobel de Literatura. Sua obra clássica é uma grande referência da Literatura Moderna, contando a história de Macondo, uma cidade imaginária criada por José Arcadio Buendia. Encontramos ao longo da narrativa as diversas gerações da família Buendia.

O livro também está disponível em formato áudio.

19. Clarice Lispector: A Hora da Estrela, 1977

Narrado por Rodrigo S.M., A hora da estrela é a famosa obra escrita pela autora brasileira Clarice Lispector. Nela, somos apresentados à história de Macabéa, uma jovem órfã e imigrante nordestina, que vive na cidade do Rio de Janeiro. Apesar de sem parecer ter algo de especial, ela acaba nos conquistando com suas desventuras no cotidiano da grande cidade. Com 19 anos de idade, ela nos conta sua história.

Clarice Lispector

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Carolina Marcello
Escrito por Carolina Marcello

Formou-se em Estudos Portugueses e Lusófonos pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e possui mestrado em Estudos Literários, Culturais e Interartes pela mesma instituição. Durante os estudos universitários, foi co-fundadora do Grupo de Estudos Lusófonos da faculdade e uma das editoras da revista da mesma, que se dedica às literaturas de língua portuguesa.