Resumo e Interpretação da História de João e o Pé de Feijão


Escrito por Sónia Cunha

O conto de fadas "João e o Pé de Feijão" tem raízes na Inglaterra e foi publicado pela primeira vez em 1807, pelo editor Benjamin Tabart. Esta história tem uma longa tradição, que remonta ao início do século XIX.

Em 1890, a narrativa foi incluída no livro English Fairy Tales, de Joseph Jacobs, tornando-se famosa.

O conto é muito bem conhecido, tendo a capacidade de deixar crianças e adultos de todas as gerações impressionados e encantados.

Um Breve Relato do Conto de Fadas

Era uma vez um menino chamado João que vivia com sua mãe em uma casa humilde. Eles tinham poucos recursos e estavam passando fome.

A única riqueza que possuíam era uma vaca, mas ela já estava velha e não dava mais leite.

Assim, a mãe de João lhe dá a missão de levar a vaca até a cidade para vendê-la por um bom valor para que pudessem comprar alimentos naquele mês.

João sai com o animal e antes de chegar à cidade encontra um senhor muito misterioso e com cara de sábio. O senhor lhe oferece alguns grãos de feijão em troca da vaca e diz que são mágicos.

O garoto aceita a troca e volta contente para a casa. Ao encontrar sua mãe, conta o que aconteceu, mas ela fica muito brava e atira os feijões pela janela. Naquela noite eles foram dormir com fome.

Na manhã seguinte quando João acordou ele olhou para o lado de fora de casa e viu uma enorme árvore. Durante a noite, enquanto dormiam, os grãozinhos brotaram e se transformaram em um pé gigante de feijões.

Sem pensar duas vezes, o esperto garoto começou a escalar o tronco da árvore para ver até onde chegava. Assim, depois de subir muito alto, chegou em um lugar mágico entre as nuvens.

O menino avistou um grande castelo e foi até lá. Encontrou então uma senhora que, com medo do gigante que morava no lugar, escondeu o garoto na cozinha.

O gigante, que até então estava dormindo, despertou e disse que sentia cheiro de criança. E ele adorava devorar crianças!

A mulher despistou o grande homem e lhe preparou um prato de comida. Depois que estava satisfeito, o gigante pediu para sua linda galinha botar ovos de ouro, ouviu a música de sua harpa encantada e voltou a dormir.

João assistiu a tudo impressionado e, assim que o gigante adormeceu, conseguiu roubar a galinha e a harpa sem que a mulher visse e desceu correndo para sua casa.

Mas pouco depois o gigante acorda e se dá conta que fora roubado. Ele então vê João descendo pelo pé de feijão e começa a descer também.

Mas o garoto chega primeiro e corta a árvore com um machado afiado, fazendo com que o gigante caia lá de cima, se esborrachando no chão.

Então João e sua mãe se tornam prósperos com a galinha de ovos de ouro e vivem felizes para sempre.

" "Aprenda Dicas para Melhorar seu Inglês

Artigos relacionados

Análise da História

Como todos os outros contos de fadas, esse possui muitos elementos fortes com significado simbólico para destacar comportamentos e experiências humanas.

Em João e o pé de feijão, a narrativa aborda a necessidade da independência e da desvinculação do seio materno em algum momento da vida.

A vaca que deixou de produzir leite é uma metáfora para a mãe de João, que também deixou de fornecer o alimento necessário para o seu filho em termos psicológicos.

Explorar novos campos e experienciar a riqueza que elas oferecem é vital para o desenvolvimento do garoto. Apenas dessa forma, através de uma jornada ao desconhecido, é possível crescer e se desvencilhar da figura materna e se tornar um adulto independente.

Assim, a aquisição do pé de feijão por intermédio da intuição do menino ilustra a ligação entre uma busca no íntimo de si mesmo.

O garoto deve vencer o lado vaidoso e arrogante que existe dentro dele, representado pelo gigante.

Enfrentando os desafios, o que resta é a riqueza do conhecimento e sabedoria adquiridos pelo menino, permitindo-lhe alcançar a felicidade.

Sónia Cunha
Escrito por Sónia Cunha

É licenciada em História, variante História da Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2003) e em Conservação e Restauro pelo Instituto Politécnico de Tomar (2006). Ao longo da carreira profissional, exerceu vários cargos em diferentes áreas, como técnico superior de Conservação e Restauro, assistente a tempo parcial na UPT e professora de História do 3º ciclo e ensino secundário. A arte e as letras sempre foram a sua grande paixão.