7 Fatos Impressionantes Sobre o Frevo


Escrito por Carolina Marcello

O Frevo é uma das mais representativas manifestações de rua do povo brasileiro. É conhecido por sua alegria contagiante e sua coreografia única.

A cada ano, Olinda e Recife, que são típicas de Pernambuco, tornam-se palco da expressão cultural vibrante e alegre durante o carnaval. Multidões de foliões são contagiadas com a empolgação e alegria, que é compartilhada por todos.

Passista de frevo abre espacate no ar

1. A Resistência Negra e o Nascer do Frevo

Desde o fim do século XIX, a história do frevo, uma dança brasileira, está entrelaçada à situação social no país. Na época, o Brasil estava enfrentando conflitos devido à abolição da escravidão, que resultou no aumento da população de ex-escravizados que invadiam os espaços urbanos.

Durante os blocos de carnaval de rua, as classes populares, formadas principalmente por desempregados marginalizados, expressavam seu entusiasmo por meio de uma dança eufórica ao som das bandas militares, que tocavam instrumentos de sopro.

Ao se tratar da origem do frevo, não há como negar que esta está vinculada à luta e à resistência do povo negro.

2. A Dança do Frevo: Expressões Populares Misturadas

A dança e a música do frevo são resultado de uma fusão de diversos gêneros populares.

A música do maxixe e da marcha influenciaram o Choro, enquanto a dança, conhecida como "Passo", tem raízes na Capoeira. Isto é evidente nos movimentos acrobáticos das duas expressões.

3. Origem do Verbo Frevo

A expressão para descrever esta cultura é derivada de uma mudança no verbo "ferver". As pessoas costumavam dizer que estavam frevando, se referindo à atividade animada.

Em 1907, o termo foi mencionado pela primeira vez, ao ser citado em um jornal local.

4. A Utilização da Sombrinha no Frevo como Meio de Defesa

Inicialmente, as pessoas de Pernambuco que se divertiam nas ruas o faziam não só como entretenimento, mas também como forma de resistência contra a opressão.

Os homens das camadas mais pobres, privados de oportunidades de trabalho, estavam profundamente revoltados. Eles usavam técnicas da capoeira, apesar de ser proibida na época, e eram armados com porretes de madeira.

Devido à repressão, os porretes foram substituídos por guarda-chuvas pontudos. No entanto, ao longo do tempo, esses guarda-chuvas foram progressivamente trocados por sombrinhas coloridas. Atualmente, os trajes típicos do frevo também destacam muitas cores.

5. Conhecendo os Três Tipos de Frevo

O famoso frevo de rua, aquele realizado no espaço público, é a vertente mais conhecida da cultura popular do frevo. Os passistas dançam ao som dos instrumentos de sopro em um ritmo frenético.

Existem três tipos de frevo: o frevo de rua, com uma ritmo acelerado acompanhado de instrumentos de sopro; o frevo-canção, cantado e com uma cadência mais lenta; e o frevo de bloco, marcado pela presença de instrumentos de sopro e corda, popularmente chamado de “marcha de bloco”.

6. Celebrando o Frevo: Um Dia em Sua Homenagem

O 9 de fevereiro foi escolhido para celebrar o frevo, que é muito expressivo no estado de Pernambuco. Foi nessa data que o termo foi mencionado pela primeira vez no Jornal Pequeno, um jornal regional que circulou na primeira metade do século XX.

Em Olinda e Recife, a programação para comemorar a data é muito variada.

7. O Frevo é um Patrimônio Cultural da Humanidade

Em 2012, o frevo foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. Anteriormente, em 2007, o IPHAN o havia premiado com o título de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Venha apreciar a dança do frevo com o Studio Viégas de Dança, de Recife! Esta experiência única é certa de trazer sorrisos aos rostos dos espectadores. Com passos alegres e ritmos contagiantes, esta forma de expressão cultural do nordeste do Brasil é uma forma de arte que deve ser desfrutada. Venha e aproveite esta oportunidade!

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Carolina Marcello
Escrito por Carolina Marcello

Formou-se em Estudos Portugueses e Lusófonos pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e possui mestrado em Estudos Literários, Culturais e Interartes pela mesma instituição. Durante os estudos universitários, foi co-fundadora do Grupo de Estudos Lusófonos da faculdade e uma das editoras da revista da mesma, que se dedica às literaturas de língua portuguesa.